Brasília (DF) – O cenário de crise política e retração econômica levou o governo federal a fazer mais um corte. Agora foi a vez da previsão de leilões de concessão em infraestrutura. A segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL) previa 20 leilões entre 2015 e 2016. Agora, a expectativa é bem mais modesta: cinco trechos rodoviários e uma ferrovia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a secretária executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa, a gestão da presidente Dilma Rousseff adotou o pragmatismo e o ambiente econômico pessimista obrigou o governo e empresas a colocar um pé no freio. “Vamos leiloar o que tiver interessados. O investidor está com receio porque a demanda caiu”, explicou.
O jornal citou o exemplo do conjunto de trechos de estradas federais ligando a região dos frigoríficos no interior de Santa Catarina ao porto de Paranaguá, também conhecido como “Rodovia do Frango”. Originalmente, a exigência era que toda a malha, que soma 460 quilômetros, estivesse duplicada no prazo de sete anos. Agora, o concessionário duplicará um terço do previsto e investirá o restante caso haja demanda.
Ainda segundo a reportagem, o modelo de “gatilho” para a duplicação de vias foi adotado para os demais trechos rodoviários que serão levados a leilão nessa segunda etapa do PIL. O concessionário terá de duplicar 30% e o restante dependerá do volume de tráfego na via.
O edital da “Rodovia do Frango” está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e a secretária estima que o leilão deve ocorrer em julho deste ano. A previsão original, no entanto, era dezembro de 2015.