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Crise leva empresários a encerrarem negócios e demitirem funcionários

fabrica_brasil-300x197Brasília (DF) – A crise em que o PT colocou o Brasil faz com que cada vez mais empresários precisem fechar as portas de seus negócios. Só em 2015, o número de empresas fechadas aumentou 200% em relação ao ano anterior. Segundo informações de juntas comerciais e da Receita Federal, foram dadas baixas em 1,67 milhão de CNPJs no ano passado.

O mau momento econômico do país obrigou a pequena empresária Rayane Guimarães a adaptar o seu negócio, em busca de um lucro que ficava a cada dia mais distante. Dona de um restaurante em Brasília, Rayane se viu obrigada a encerrar o atendimento físico, passando a funcionar exclusivamente por um serviço de entregas.

“A gente funcionava, atendia público físico, e o movimento caiu muito por conta da crise. Aí a gente fez alterações, reduziu preços, fez adaptações no cardápio, mas mesmo assim o impacto foi muito forte, então a gente modificou. Inauguramos um sistema de delivery, que estava funcionando muito bem. Como esse hoje tem uma venda muito melhor para a gente, nós encerramos o atendimento ao público e estamos funcionando agora só para entregas, até porque reduzimos bastante o quadro de pessoal. Fiquei só com a equipe de cozinha”, contou.

“Essa tem sido a solução para a gente enfrentar a crise, porque está bem complicado. A gente inclusive vai ter que mudar de localidade, porque onde estamos o custo é bem alto. Estamos reduzindo custos de maneira geral: em matéria prima, em funcionários, espaços menores. Vendemos refeições de baixo custo, a R$ 10, R$ 11, para juízes, servidores públicos de alto escalão. Está complicado para todo mundo”, lamentou a empresária.

‘Desgoverno’

Para o deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), o fechamento de empresas no Brasil é uma “consequência natural do desgoverno, da falta de planejamento e da absoluta falta de prioridade para a área da produção”.

“O governo atual, que mais merece ser chamado de desgoverno, se orientou por facilitar a especulação, estimular o aparelhamento, e fazer com que as empresas que produzem tivessem paulatinamente a sua capacidade de trabalho reduzida. Não há perspectiva de melhora se não houver uma mudança radical de política econômica. O governo precisa voltar a investir no estímulo à produção, e isso passa por incentivar as boas práticas, melhorar o clima do nosso mercado, investir em estrutura. Tudo isso é o que o governo não tem feito”, afirmou.

O parlamentar destacou que a crise atingiu uma proporção em que os seus efeitos são sentidos principalmente por quem está na ponta da microeconomia: a população e os brasileiros donos de pequenas empresas, forçados a fechar o negócio próprio por conta de um cenário hostil de inflação e desemprego crescentes.

“O maior número de empregos está concentrado nessas pequenas empresas. Na medida em que elas fecham, são postos de trabalho em larga escala que se perdem. É um dos efeitos mais dramáticos da crise. Ela é visível nas grandes empresas, mas é muito mais visível, tem um efeito muito mais perverso, quando se trata de pequenas empresas, porque lá está o número maior de empregados que se encontram nesse país”, avaliou.

Falta de estímulo

O deputado Nilson Pinto criticou a falta de estímulo do governo federal às pequenas e médias empresas. “Não há melhoria das condições de mercado e não há, fundamentalmente, a redução do enorme aparato burocrático que acaba inviabilizando o seu funcionamento. O governo atuou mal, e em vez de estimular a abertura e o crescimento de pequenas, médias e grandes empresas, acaba indo totalmente contra elas. Isso prejudica tremendamente, em primeiro lugar, as empresas e, em larguíssima escala, o número de funcionários desempregados que elas já têm”, considerou.

E completou: “Infelizmente, essa crise não pode ser dissociada do governo que aí está. Tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff”.

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