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Crise na Petrobras: Após prejuízo recorde em 2015, estatal pode perder mais R$ 162 bilhões em ações judiciais

Rio de Janeiro- RJ- Brasil- 11/03/2015- Manifestantes protestam contra a corrupção com caminhada no centro do Rio até a sede da Petrobras (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro- RJ- Brasil- 11/03/2015- Manifestantes protestam contra a corrupção com caminhada no centro do Rio até a sede da Petrobras (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Brasília (DF) – A crise em que o governo federal mergulhou a Petrobras, aliada a escândalos de corrupção como o da Operação Lava Jato, levaram a estatal ao fundo do poço. Após registrar um prejuízo recorde de R$ 34,8 bilhões em 2015, o segundo maior resultado negativo da história das empresas de capital aberto, a Petrobras pode perder até R$ 162 bilhões por conta de ações judiciais que estavam em trâmite em 31 de dezembro do ano passado.

De acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira (23/03) pelo jornal Correio Braziliense, a maior parte do total, R$ 114,3 bilhões, resultaria da cobrança de impostos não recolhidos. Outros R$ 22,07 bilhões se referem a processos trabalhistas, em parte relacionados às demissões realizadas por conta da crise enfrentada pela empresa. Vale lembrar que, em 2014, a Petrobras registrou um rombo de R$ 21,587 bilhões.

Uma das mais importantes subsidiárias da Petrobras, a BR Distribuidora também não anda bem das pernas. Só no ano passado, o prejuízo foi de R$ 1,2 bilhão. A empresa, que está à venda, foi prejudicada pela decisão da Petrobras de manter os preços da gasolina e do óleo diesel superiores aos praticados no mercado externo, sofrendo com a concorrência de importadores.

Também afetaram o desempenho da BR o desaquecimento da economia e a queda no consumo de combustíveis.

Sete Brasil

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (23), o balanço financeiro da Petrobras também revelou perdas de R$ 922 milhões com os investimentos feitos pela estatal na empresa de operação e afretamento de sondas Sete Brasil. Com as denúncias de corrupção na contratação dos equipamentos oferecidos pela Sete, os contratos foram suspensos e a empresa ameaça entrar em processo de recuperação judicial.

No ano passado, a empresa registrou prejuízo de R$ 4,9 bilhões. De acordo com a Petrobras, “não há como estimar qualquer benefício econômico futuro” com a Sete Brasil.

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