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Crise na Venezuela traz risco aos brasileiros, diz tucano

A Venezuela vive dias de violência e temor diante das medidas tomadas pelo regime ditatorial do presidente Nicolás Maduro, aliado histórico dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O presidente chavista resolveu confiscar propriedades daqueles que são contrários ao seu governo. O anúncio foi feito presidente do Instituto Nacional de Terras (INTI) da Venezuela, José Ávila.

Ávila explicou que o INTI decidiu “revogar as ferramentas agrícolas” dos produtores de oito fazendas na região de Tachira após uma investigação apontar o envolvimento dos produtores no chamado trancazo, protesto da oposição que bloqueou ruas e avenidas no começo de maio impedindo o acesso e distribuição de alimentos e combustível para a cidade.

O deputado federal Wherles Rocha (PSDB-AC) afirmou que a crise vivida no país vizinho tem reflexos diretos no Brasil. “A crise na Venezuela representa um perigo para os brasileiros porque boa parte dos venezuelanos que estão fugindo do regime do Maduro estão vindo para cá. O governo venezuelano não está só confiscando terras, eles estão tomando os bens das pessoas. Isso é uma grave obstrução à liberdade”, disse.

O tucano destacou que o país vizinho sofre com a falta de segurança jurídica e alertou para os graves riscos que a população vive independente do seu posicionamento político. “Mesmo aqueles que defendem o governo de Maduro estão sendo vítimas dos confiscos do governo. É muito grave o que está acontecendo”, declarou.

As autoridades venezuelanas justificaram o confisco com a existência de terceirização e venda sem autorização do Instituto. Os agricultores recebem financiamento do governo e estas propriedades estariam irregulares por causa destas infrações.

A crise na Venezuela que restringe as garantias constitucionais e impõe um estado de exceção começou em janeiro de 2016. Nas últimas semanas, 46 pessoas foram mortas e mais de 13.000 feridas pela violenta repressão de Maduro à população, que têm ido às ruas diariamente para exigir a volta da democracia.

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