Brasília (DF) – Investigado na Operação Custo Brasil por suspeita de participar de um esquema de desvio de dinheiro em contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, o administrador Marcelo Maran denunciou um esquema de propina para os petistas Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, ex-ministros do governo Dilma Rousseff. Gleisi é atual presidente do PT, partido de Dilma e do ex-presidente Lula.
No acordo de delação premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República (PGR), Maran coopera ajudando a decifrar o conteúdo de planilhas, documentos e manuscritos apreendidos no escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves, que seria o responsável pelo repasse ilegal de recursos para os petistas, que são casados.
As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (24). De acordo com a reportagem, Maran era o encarregado da contabilidade do escritório de advocacia de Gonçalves. O dinheiro ilegal seria usado para as campanhas e despesas pessoais da presidente do PT e de seu marido.
O acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) aguarda a homologação do ministro Dias Toffoli, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF). A Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato.
O administrador apontou ainda quais notas fiscais arquivadas haviam sido forjadas para justificar despesas das campanhas de Gleisi e Paulo Bernardo. Além disso, indicou também o destino de dinheiro vivo que teria sido sacado na boca do caixa.
Segundo uma fonte envolvida com o acordo, os depoimentos do delator, gravados em vídeo, corroboram as acusações feitas pela Procuradoria contra os petistas. A defesa da petista afirmou que “não vai comentar vazamento de possível acordo de delação que sequer foi homologado” e que ela nunca manteve contato com Marcelo Maran.
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