A deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), participou na manha desta segunda-feira (2) da reunião com o movimento dos caminhoneiros, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. No debate, que durou toda a manhã, entre os parlamentares e lideranças do movimento que realizam paralisações e bloqueios de rodovias, em todo o país, chegou-se ao consenso de que as reivindicações da categoria são justas e legítimas, e que há a necessidade de ser estabelecido um diálogo sincero com o governo Federal para se chegar a uma solução do impasse.
Paulo Dutra, representante do Sindicam, durante sua fala solicitou apoio do poder Judiciário para que os caminhoneiros sejam tratados de uma forma justa, menos truculenta pelas força de segurança. “Somos trabalhadores, não somos bandidos!”, enfatizou.
Apesar de divulgação de que governo Federal prometeu sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, prorrogando por 12 meses o pagamento de caminhões, conforme o Programa Procaminhoneiro, e criar por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete; a categoria ainda luta para que seja criada tabela de referência de preço mínimo do frete.
O subprocurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, em seu pronunciamento explicou que entende como justas e democráticas as reivindicações do movimento. “Chamada a atenção para o movimento, estamos orientando para que em todas as localidades seja possível que ocorra o diálogo e a negociação, visando que não haja o desabastecimento de produtos essenciais para a população”, colocou Dornelles.
CARTA DE REIVINDICAÇÕES:
Com base nas discussões da audiência foi elaborada uma carta que será encaminhada para ser debatida com o governo Federal. Entre as reivindicações estão:
1. Redução do PIS/COFINS do óleo diesel ou subsídio;
2. Criação de tabela de referência de preço mínimo do frete;
3. Perdão das multas, notificações, processos judiciais aplicados durante a paralisação;
4. Sanção integral da nova lei do motorista;
5. Carência de 12 meses para pagamento de financiamentos de caminhões, carretas, semirreboques dos contratos em vigor de caminhoneiros autônomos, de microempresas e de empresas de pequeno porte para até três caminhões;
6. Criação de uma mesa permanente de debates com a participação de representantes do movimento dos caminhoneiros;
7. Reunião, no Rio Grande do Sul, com os ministros Miguel Rossetto e Pepe Vargas para tratar da pauta de reivindicações da categoria;
8. Criação de fundo mútuo para os caminhoneiros autônomos.
Zilá, líder do PSDB na Assembleia Legislativa, tem acompanhado atentamente o movimento e demonstra preocupação com a situação. “Como tenho dito e acredito, o governo Federal não pode se eximir da negociação com os caminhoneiros. Estamos diante de uma crise de abastecimento no país. Aulas estão suspensas em alguns municípios devido a falta de gasolina para o transporte escolar, em determinadas localidades os consumidores já estão sentindo a escassez de produtos básicos nos supermercados”, explica.