
entre a Secretaria Especial de Portos e o Terminal
de Contêineres de Paranaguá
Palácio do Planalto Foto Lula Marques/Agência PT
A presidente afastada Dilma Rousseff cobrou de Marcelo Odebrecht uma doação de R$ 12 milhões para pagar, por meio de caixa dois, despesas de campanha durante a disputa eleitoral de 2014. A afirmação foi feita pelo próprio empreiteiro, em delação premiada feita no âmbito da Lava Jato na semana passada e divulgada em reportagem publicada pelo site da revista IstoÉ nesta sexta-feira (3).
De acordo com a matéria, Odebrecht contou aos investigadores que foi procurado por Edinho Silva, então tesoureiro da campanha petista à presidência, após o primeiro turno das eleições. No encontro, Edinho teria exigido uma doação adicional e por ‘caixa dois’ de R$ 12 milhões, o que representava quase o mesmo valor que o Grupo Odebrecht já havia doado oficialmente ao PT (R$ 14 milhões).
Na delação, Marcelo Odebrecht revelou que, em um primeiro momento, respondeu negativamente ao pedido, o que levou Edinho Silva a orientá-lo a falar pessoalmente com Dilma. Na reunião com a presidente, após perguntar se deveria, de fato, efetuar o milionário repasse, Odebrecht ouviu uma resposta curta da petista: “É para pagar”.
Na avaliação do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o relato do empreiteiro elimina definitivamente o principal argumento usado por Dilma e seus defensores, que alegam à exaustão que a petista não tem seu nome diretamente envolvido em casos de corrupção.
“É mais uma peça que vai se encaixando para descrever o monumental esquema de corrupção que foi montado pelo PT nos governos Lula e Dilma. Agora, atingindo diretamente a presidente da República afastada em algo que ela, até agora, dizia que estava intangível, que era a sua relação direta com qualquer tipo de hipótese de desvio de dinheiro ou de ilícito cometido em cumplicidade com empresários”, ressaltou o tucano.
“Acho que é uma notícia muito grave para a presidente afastada e um sinal de avanço da Lava Jato, que tem que continuar”, acrescentou o parlamentar.
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