Desde o início do primeiro mandato do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, em 2011, até junho do ano passado, somente um quinto das obras na área de saúde previstas na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) foi concluída. O levantamento, feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em informações do portal do governo “dados.gov.br”, teve seus resultados publicados em matéria do jornal O Globo neste domingo (12).
Dentre todas as 13.238 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as 554 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prometidas pelo PAC 2 – que, somadas, totalizam 13.792 obras para a saúde – apenas 2.880, ou 20,9%, foram entregues pelo governo. Ouvido pela reportagem de O Globo, Jecé Freitas Brandão, vice-presidente do CFM, classificou a situação como uma “tragédia”.
“É fundamental que essas unidades básicas estejam abertas e funcionando, porque dor e sofrimento não marcam hora. É um escândalo. As unidades básicas são como consultórios de atendimento. E a unidade de pronto atendimento já é mais aparelhada, onde faz um atendimento de um adoecimento mais intenso, mais intensivo. Eles prometeram no Brasil inteiro 13,7 mil unidades desse tipo e entregaram 2,8 mil. É uma tragédia”, destacou.
Brandão também afirmou, segundo a reportagem, que a corrupção, o subfinanciamento da Saúde no país e a má gestão são os principais responsáveis pelo baixíssimo número de obras concluídas.
O levantamento do CFM ainda revela que, nas unidades federativas, a situação mais complicada é a do Distrito Federal, onde nenhuma das quatro obras – todas elas UPAs – foi entregue. Já o estado com mais obras finalizadas é o Acre, onde apenas 35,71% das UPAs e UBSs prometidas foram entregues à população.
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