Os benefícios concedidos à família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficam mais evidentes a cada nova prova encontrada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Um novo documento aponta favorecimento a Marisa Letícia, mulher de Lula, no caso do apartamento tríplex do Guarujá (SP) – que estava em posse da empreiteira OAS.
A planilha encontrada na construtora lista quatro nomes como “VIP”, que seriam “clientes especiais” da empresa. Além de Marisa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado em uma das ações da Operação Lava Jato a 15 anos de prisão, e a cunhada dele, Marice Correa de Lima, suspeita de fazer transferências ilegais da OAS para o PT, estão na lista. As informações são da matéria publicada nesta sexta-feira (1) pelo jornal Folha de S. Paulo.
A ex-diretora da cooperativa habitacional Bancoop Ana Maria Érnica, é a quarta mencionada como cliente especial. Ela também é ré em ação penal em São Paulo sob a acusação de envolvimento em desvios de recursos da cooperativa em favor do PT.
Marisa Letícia Lula da Silva estava referida na lista apenas pelas iniciais (M. L. L. S.). A Operação “Triplo X”, uma das ramificações da Lava Jato, investiga se a OAS reservou o tríplex para a família Lula da Silva e reformou o imóvel como retribuição a supostos favores do ex-presidente à empreiteira.
Apesar de repetir que não ofereceu tratamento diferenciado para a família Lula, o presidente do grupo OAS, Léo Pinheiro, acompanhou o petista e Marisa Letícia em visita ao tríplex em Guarujá, de acordo com testemunhas do caso.