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E o prefeito eleito foi ouvir ideias das crianças

whatsapp-image-2016-11-21-at-11-48-35Na sala de aula. Nelson Marchezan Júnior faz visita surpresa a escola do extremo sul de Porto Alegre e ouve pedido dos alunos

Considerando a energia e o barulho das cerca de 50 crianças da Escola Municipal Professor Larry José Ribeiro Alves que receberam o prefeito eleito Nelson Marchezan Júnior, ele ouvirá bastante caso não leve à risca o compromisso firmado com os estudantes do bairro Restinga, no extremo sul de Porto Alegre. A convite do jornalista André Machado, da Band, o futuro gestor da cidade fez uma visita surpresa ao colégio na tarde de sexta-feira, causando furor entre os alunos.

Durante o processo eleitoral, as turmas do 4º ano, com alunos entre nove e 13 anos, fizeram um trabalho em que puderam expressar suas preocupações com a cidade, além de relatar o que fariam para melhorar a capital caso fossem prefeitos. O trabalho virou uma espécie de documento com a assinatura de Marchezan. “Aos pouquinhos vamos fazer tudo o que vocês pediram, porque tudo o que pediram precisa ser feito”, discursou para a criançada o futuro prefeito.

“Foi uma conversa direta, transparente. As demandas são as mesmas. É o que realmente a cidade precisa”, destacou na sequência. Entre os pedidos estão mais segurança, escolas, creches, hospitais, médicos, materiais para os colégios, um Guaíba mais limpo e menos buracos nas ruas. “Meu irmão não arruma emprego porque não tem. Ando na rua com medo de ser assaltado também”, contou o estudante Luan Oliveira, 11 anos, que conseguiu fazer duas indagações ao futuro prefeito. Entre os conteúdos trabalhados durante o ano esteve a história de Porto Alegre.

Ao estudar a formação da cidade até os dias atuais, justamente em um ano eleitoral, surgiu a ideia de analisar os problemas enfrentados pela população no dia a dia e pensar o futuro da capital. Os estudantes, segundo as professoras, são pobres, mas têm família, casa e comida. Entretanto, as preocupações deles estão mais centradas em ajudar aqueles que têm menos do que eles.

“Eles pensam muito naqueles que não têm nada, em quem não tem dinheiro, nos moradores de rua. Espero que eles levem esse encontro para a vida toda”, observou a professora Adriana Paz, que junto com a colega Kátia Flores, desenvolveu o trabalho em sala de aula. Uma das melhores amigas de Sofia Froner, nove anos, é deficiente visual, situação que a angustia muito.

“Tem pouca coisa em braile para ela”, constatou. No trabalho, Sofia mostrou sua preocupação com as pessoas, com a falta de hospitais e, sobretudo com as pessoas com deficiência. “Eu arrumaria as coisas para as pessoas com deficiência”, escreveu no trabalho. As conversas sobre as eleições em sala de aula foram se intensificando à medida que a disputa se intensificava.

No segundo turno, os alunos começaram a se posicionar mais e as urnas refletiram a preferência da criançada. Marchezan, que tem um filho da mesma faixa etária, comprometeu-se a retornar à escola no próximo ano para ter nova conversa com os alunos. Em contrapartida, ele pediu para que os estudantes prometessem que vão estudar, brincar e ser felizes. O acordo foi firmado entre os dois lados e celebrado com um abraço coletivo no chão da sala de aula.
“Eles pensam muito naqueles que não têm nada, em quem não tem dinheiro, nos moradores de rua. Espero que eles levem esse encontro para a vida toda.”
ADRIANA PAZ, PROFESSORA DA ESCOLA PROFESSOR LARRY JOSÉ RIBEIRO ALVES

 

Entrevista na página 3 na edição do Metrô desta segunda-feira (21)

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