Dados negativos da atividade econômica nacional referentes ao fim de 2015 e o início deste ano tem levado os analistas a piorarem as previsões para a retração do PIB. O banco Credit Suisse esperava contração de 3,5% do PIB, mas agora já trabalha com número mais próximo de 4%. Para 2017, os especialistas preveem novo recuo, entre 0,5% e 1%.
A previsão do Itaú Unibanco anunciada na última sexta (5) é de contração de 4% do PIB em 2016. Antes, a instituição projetava recuo de 2,8%. Para 2017, estima expansão modesta de 0,3%, como explica a matéria publicada hoje (7) no jornal Folha de S. Paulo.
A consultoria MB Associados simulou dois cenários alternativos: com e sem a presidente Dilma Rousseff. Se a petista continuar no governo os analistas apontam uma redução de 4,1% e 1%. Já se o processo de impeachment acontecer e ela deixar de governar o país, é esperada uma queda de 3% do PIB neste ano e expansão de 0,6% no próximo.
A recessão longa tem trazido para o Brasil um cenário de grandes incertezas. Isso é agravado, ainda mais, pela crise econômica e política que reflete na imagem do país no mercado externo. Esse contexto dificulta a projeção de indicadores econômicos e sociais brasileiros.
A expectativa do Credit Suisse para a taxa de desemprego — medida pela pesquisa Pnad Contínua (IBGE) —, que foi de 6,8% em 2014 e deve ter chegado a 8,3% em 2015, alcançará 13,5% em 2017. O Itaú Unibanco também espera que o desemprego ultrapasse 13% no próximo ano.