
As receitas do governo não vão voltar tão cedo aos níveis atingidos em anos anteriores. A avaliação é do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, que prevê, ainda, uma queda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, segundo a coluna Mercado Aberto publicada na Folha de São Paulo desta segunda-feira (15). O executivo apontou o caminho que deve ser seguido para a recuperação da economia do país.
“Aprovar medidas estruturais de contenção dos gastos públicos, como limite para os gastos públicos na Lei de Responsabilidade Fiscal e instituir uma idade mínima para a aposentadoria, não só é viável, mas fundamental”, destacou.
Para Goldfajn, o mau desempenho do PIB deve continuar afetando o mercado de trabalho. A taxa de desemprego para 2016, segundo as projeções do banco, deve ser de 13%. Em 2017, esse número deve crescer e atingir 13,4%.
Ainda de acordo com o economista-chefe do Itaú Unibanco, a economia só deve começar a encontrar estabilidade a partir do segundo semestre deste ano. Mesmo assim, o PIB deve ter, em 2017, apenas uma leve alta de 0,3%, de acordo com a reação da política econômica e dos choques internacionais.