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Economistas criticam ações de Nelson Barbosa na Fazenda

nelson_barbosa-300x200Após quase dois meses da chegada de Nelson Barbosa ao Ministério da Fazenda, o Brasil não tem o que comemorar. Pelo contrário, as perspectivas de analistas para a economia do país pioraram após o ministro assumir o cargo, o que aumentou a desconfiança do governo Dilma entre os investidores. De acordo com matéria do jornal Correio Braziliense desta terça-feira (16), os economistas afirmam que as decisões do ministro, e, em grande parte, a falta delas, são responsáveis por essa deterioração.

Especialistas afirmam que muitas promessas da equipe econômica para melhorar o resultado fiscal não saíram do papel, o que cria um ambiente de desconfiança e prejudica o processo de recuperação do país. Outra crítica é que o governo ainda não mostrou como será capaz de promover superávits primários para reequilibrar as contas públicas e a falta de transparência do governo Dilma, que deveria apontar a real situação das contas do Tesouro Nacional. O país deverá ter déficit fiscal em 2016 e em 2017.

Prestes a completar dois meses no próximo domingo no cargo em substituição a Joaquim Levy, Barbosa não conseguiu ganhar a confiança de muitos investidores. “Ele não fez absolutamente nada. É até injusto comparar a difícil e pedregosa gestão de Levy com este fluido e nebuloso começo de Nelson Barbosa”, disse ao jornal Paulo Rabelo de Castro, da RC Consultores Associados.

Para o economista Fabio Klein, da Tendências Consultoria Integrada, ouvido pelo Correio, Barbosa se opôs claramente a Levy ao propor medidas de crédito subsidiado por meio de bancos públicos, que foram anunciadas na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, no fim de janeiro. “Há uma inflexão, uma guinada heterodoxa na condução da política econômica. Ele é menos austero do que Levy”, disse o economista, ressaltando que as medidas anunciadas no Conselhão não pretendem reverter a queda do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o Correio, outro ponto de dissonância em relação a Levy é a ideia, ainda não transformada em proposta, de criar bandas para o superavit primário, que poderia ser reduzido caso a variação do PIB seja pior do que a esperada na elaboração do Orçamento – vista por Levy e por vários analistas como uma regra leniente em relação aos gastos do governo. Na avaliação do economista Raul Velloso, especialista em contas públicas ouvido pelo jornal, a proposta da bandas “é irrelevante neste momento”, pois o mercado já tem certeza de que o ano encerrará com déficit.

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