
Propostas para a retomada da competitividade do RS, no cenário nacional, foram abordadas pelo candidato ao governo gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), na manhã desta segunda-feira (17), em encontro com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha.
Eduardo afirmou que o Estado aplica mal seus recursos, o que provoca desperdício em todos os setores. Ele se comprometeu em trabalhar pelas mudanças que permitirão um ambiente propício aos negócios e à geração de emprego e renda. “Precisamos promover reformas estruturantes.”
O caminho apontado pelo tucano para que a competitividade do RS seja retomada é por meio de investimentos em infraestrutura em parceria com a iniciativa privada, redução da burocracia, da carga tributária, além da qualificação da Educação.
Segundo Eduardo, o governador precisa ser uma liderança política para articular junto aos outros poderes – Legislativo e Judiciário – no objetivo de viabilizar estas reformas. “Vamos fazer a boa política para alinhar os interesses do RS para que todos puxem na mesma direção”, disse.
Escoamento da produção
Referência na produção do calçado, a retomada nos investimentos de infraestrutura é vital para o desenvolvimento do Vale do Sinos. O candidato citou o fact-checking do Jornal do Comércio sobre o porto de Rio Grande, onde confirma a afirmação dele de que, “por dificuldades na operação da dragagem do canal, percebe navios deixando de carregar a produção porque não conseguem atracar”, argumentou ao JC.
Ele lembrou que o problema do assoreamento interfere diretamente o escoamento dos produtos do polo calçadista, que não conseguem ser embarcados pelo baixo calado do porto.
Eduardo defende que os investimentos na infraestrutura gaúcha sejam realizados por meio de parcerias público-privadas (PPP).
Propostas para o ICMS
Eduardo Leite deixou claro que vai propor a redução das alíquotas do ICMS. “Não há hipótese de não fazermos essa revisão no nosso governo”, afirmou.
Porém, explicou que ainda será necessária a prorrogação por dois anos dos valores atuais para não permitir um colapso na prestação dos serviços públicos pelo Estado e pelos municípios. Desta forma, haverá tempo para a organização das contas e uma diminuição racional da carga tributária.
Redução da burocracia
Para ele, é preciso que o RS estimule a geração de emprego e renda, enquanto o Estado atua como um agente fiscalizador.
O candidato pretende seguir exemplos de outros Estados para reduzir a burocracia, como a licença por adesão e compromisso. “Não é feio usar as façanhas dos outros como exemplo pra nós.”