O regime ditatorial do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai deixar de imediato mais de 2,5 mil trabalhadores desempregados no país. A montadora General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira (19) a paralisação de suas atividades depois que autoridades do governo venezuelano confiscaram uma unidade da montadora no centro industrial do município de Valencia.
Em comunicado divulgado à imprensa venezuelana, a GM do país disse que a fábrica de Valencia foi “inesperadamente tomada pelas autoridades públicas, impedindo as operações normais”, além de veículos e outros ativos terem sido retirados ilegalmente de suas instalações. Por esse motivo, a empresa decidiu fechar as fábricas e as concessionárias, paralisando suas atividades na Venezuela.
A montadora diz que vai pagar os benefícios a todos os trabalhadores venezuelanos que serão demitidos. Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, a planta da GM na Venezuela foi instalada em 1948 e é a mais antiga fábrica de veículos do país.
A economia do país vem sofrendo fortemente os impactos do regime de Maduro, aliado histórico dos ex-presidente Lula e Dilma Rousseff. A crise já afetou diversas empresas estrangeiras com atividades no país vizinho.
Manifestações
Os protestos contra o regime de Nicolás Maduro deixaram três mortos em Caracas nesta quarta-feira, quando milhares de pessoas foram às ruas contra a gestão chavista. Em resposta, segundo o Estadão, aliados de Maduro organizaram um ato em Caracas (capital venezuelana) em apoio ao presidente do país.
O líder chavista Diosdado Cabello informou que um membro da Guarda Nacional Bolivariana tinha sido morto em San Antonio de los Altos, periferia de Caracas, e atribuiu a culpa à oposição. Na capital, um jovem de 17 anos identificado como Carlos José Moreno levou um tiro e foi levado a um hospital, onde morreu durante uma cirurgia. Pelo menos 30 pessoas foram presas no país em razão dos protestos contra Maduro.