Brasília (DF) – Apontada como especialista na área de energia, a economista Dilma Rousseff fez carreira política e ao assumir a Presidência da República, em 2011, assiste a uma série de problemas nas áreas de eletricidade, petróleo e etanol, provocadas por suas decisões polêmicas, como detalha reportagem desta segunda-feira (31) do Correio Braziliense.
Segundo a matéria, há um “quadro de estresse” no setor. As turbulências envolvem ainda os preços defasados dos combustíveis, que colaboram para reduzir o caixa da Petrobras, afetando as contas externas do país. Há, ainda, dificuldades no complexo sucroalcooleiro, com usinas que acreditaram na promessa de renovação da matriz energética brasileira, investiram pesado apostando no aumento do consumo que não veio e, agora, só contabilizam prejuízos.
Especialistas afirmam que o há é a coração de medidas equivocadas, tomadas de forma voluntarista, sem atender às sugestões dos agentes do ramo. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que o deficit da balança comercial de combustíveis, resultado de importações maiores que exportações, vai se ampliar em 2014.
Apenas o rombo provocado pelas compras de óleo diesel será de US$ 9 bilhões neste ano e o da gasolina, de US$ 2,5 bilhões. Isso considerando uma alta de 4% da demanda de derivados de petróleo.
Apenas as hidrelétricas de concessionárias que não aderiram ao plano de redução da conta de luz, definido unilateralmente pela presidente Dilma Rousseff, como a Cemig, a Copel e a Cesp, têm conseguido computar ganhos com o atual caos energético. Estima-se que, apenas nos dois primeiros meses do ano, tenham faturado, com outros agentes, como o Banco BTG Pactual, cerca de R$ 9 bilhões. Já as distribuidoras que comercializam energia mais cara no atacado vão receber, do Tesouro Nacional, pelo menos R$ 23 bilhões entre 2013 e este ano, para continuarem de pé.