PSDB – RS

Especialistas defendem aprovação urgente de reforma política

Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, iluminado de verde e amarela para a Copa do Mundo (Valter Campanato/Agência Brasil)

Especialistas que participaram de um debate promovido pelo Estadão, pelo movimento Vem Pra Rua e pela Fecomercio de São Paulo defenderam a implantação da reforma política, com pontos similares aos apresentados pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), em proposta que tramita no Congresso Nacional.

São quatro os pontos fundamentais defendidos pelos tucanos para garantir o equilíbrio do sistema político no Brasil: a cláusula de desempenho, o fim das coligações proporcionais, a fidelidade partidária e a criação de federações partidárias, para preservar partidos pequenos que possuem ideologia consistente. Relator da matéria na Câmara dos Deputados, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) já apresentou parecer favorável à admissibilidade do texto, e explica por que a reforma no sistema político precisa de aprovação.

“Sem essa PEC, nós vamos continuar vendo o surgimento de inúmeros partidos que não falam nada ao povo brasileiro. São partidos de aluguel, criados para negociar cargos no governo, para oferecer espaço nas gestões, seja municipal, estadual ou federal”, declarou.

No debate, especialistas defenderam que além de reduzir a fragmentação partidária, as regras também podem permitir a realização de campanhas mais baratas. Betinho Gomes concorda com o argumento, e acrescenta que, a partir de um novo sistema, a população vai ter mais clareza na hora de escolher seu candidato.

“Com isso, vai se reduzir a quantidade de partidos criados permanentemente, os custos dos gastos públicos vão diminuir, porque haverá menos pressão para se aumentar o fundo partidário, e haverá um sistema político mais límpido, que vai dar mais clareza para o cidadão na hora do voto”, destacou o tucano.

Na avaliação de Betinho Gomes, o debate sobre a matéria é urgente. O tucano espera que a PEC seja aprovada na próxima semana na CCJ. Após essa etapa, a Câmara deve criar uma comissão especial para levar o tema adiante, e a expectativa é de que a proposta seja aprovada ainda neste ano.

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