No ano passado, último ano do governo Tarso, 8,4 toneladas de medicamentos comprados com dinheiro público tiveram como destino aterros da Região Metropolitana. O motivo? Como não foram distribuídos a tempo, o prazo de validade expirou, fazendo com que 23 quilos de remédio fossem descartados diariamente. O volume é 8,8% menor do que o registrado em 2013, quando 9,2 toneladas foram parar no lixo.
Conforme dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, o valor das medicações descartadas em 2014 equivale a R$ 3,2 milhões. A Secretaria da Saúde pondera que a cifra representou 0,53% da verba investida pela União e pelo Estado na aquisição de fármacos, que alcançou R$ 606,2 milhões.
O valor – embora seja 32% inferior ao de 2013 – é maior que o total gasto no ano passado com programas como o RS na Paz (R$ 3 milhões), que objetiva reduzir a violência no Estado, e corresponde ao triplo do que foi investido em 2014 em ações de prevenção e enfrentamento da violência contra as mulheres (R$ 970 mil), e seis vezes mais do que a verba aplicada no projeto de acesso e garantia à universalidade dos direitos das pessoas com deficiência.