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Estatais dobraram seus gastos com pessoal em cinco anos

Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Brasília (DF) – As 18 estatais que dependem de recursos da União, e que receberam juntas R$ 15 bilhões do Tesouro Nacional em 2014, destinaram apenas 28% desse orçamento para investimentos. As informações são de reportagem publicada neste domingo (20/9) pelo jornal O Globo. De acordo com a publicação, as empresas, que têm 47.333 funcionários, dobraram seus gastos com a folha de pagamento nos últimos cinco anos.

O grupo de estatais dependentes da União inclui desde empresas referência como a Embrapa, líder em pesquisa agropecuária, até nomes pouco conhecidos como Amazul, Imbel e a Empresa de Planejamento Logístico (EPL), criada para gerenciar o projeto do trem-bala, que até hoje não saiu do papel.

Para o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), o inchaço do quadro de pessoal das estatais, sem que o volume de investimentos cresça no mesmo ritmo, mostra “a total incapacidade do governo de fazer a boa gestão dos recursos públicos”.

“Nos últimos anos, o governo tem insistido em gastar muito mais do que pode, o que desequilibrou as contas públicas do país de uma forma grave. Hoje, grande parte da crise é causada pela irresponsabilidade fiscal, esse descompromisso com a lei de responsabilidade fiscal e com as finanças públicas. Junto com a corrupção e com a mentira, essa tem sido uma das principais marcas do governo petista”, afirmou o deputado.

Desempenho

Segundo dados do Departamento de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Dest), a União possui ao todo 143 estatais. A maioria delas faz parte do Grupo Petrobras, com 54, ou da Eletrobras, com 20 empresas. Dentre as 18 que se classificam como dependentes do Tesouro, o indicador que chama a atenção é o desempenho financeiro. Dois terços dela – 12 – fecharam 2013 no vermelho. Na soma de todos os balanços, o prejuízo foi de R$ 1,8 bilhão.

O deputado Vitor Lippi acredita na “necessidade urgente” de reduzir gastos. “A falta de vontade política para solucionar a questão na origem tem levado o país à inflação, empobrecendo a população e também trazendo redução do consumo, levando à recessão e ao desemprego da população brasileira. É preciso atuar na causa dos problemas, e não aumentar impostos como o governo está fazendo”, completou.

 

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