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EUA sancionam membros do Judiciário da Venezuela

Em resposta às decisões que tiraram poderes da Assembleia Nacional venezuelana, controlada pela oposição a Nicolás Maduro, o governo americano determinou o congelamento de todos os ativos nos Estados Unidos do presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela e de sete integrantes da Corte. Maikel Moreno e outros membros da câmara constitucional também estão proibidos de entrar em território americano. A medida alcança todos os bens que essas autoridades tenham nos EUA, como contas bancárias, imóveis e veículos. A decisão foi tomada pelo presidente Donald Trump. Ao lado do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, Trump defendeu que a região trabalhe conjuntamente para resolver a situação na Venezuela, que enfrenta uma das mais graves crises política e econômica da história. Membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) acha importante a sanção aplicada pelos EUA, e acredita que outros países possam seguir o exemplo.

“Essa participação e envolvimento do continente americano é essencial para encontrarmos uma solução pacífica e que vá ao encontro dos interesses da população venezuelana. O passo inicial foi dado pelo governo americano, e a nossa expectativa é de que sirva como referência para que, unidos, possamos encontrar uma solução comum”, declarou o tucano.

Ao retirar da Assembleia suas atribuições, o TSJ inflamou a indignação popular, que deu início a recente onda de protestos contra o governo Maduro. Nas últimas seis semanas, pelo menos 44 pessoas foram mortas. Miguel Haddad condena os ataques aos manifestantes, e aponta a repressão como prova de que a Venezuela vive hoje uma das piores ditaduras contemporâneas.

“Nós estamos testemunhando uma ditadura militar, que tem usado da força para impedir os movimentos da população. Há lideranças venezuelanas importantes presas, a imprensa amordaçada. É um quadro muito grave”, declarou.

A intervenção do Judiciário nas atividades do Congresso venezuelano também foi condenada por fortes entidades internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o que fez a Venezuela deixar a instituição.

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