A recessão instalada pelo governo da presidente Dilma Roussef no Brasil levou 277 indústrias a fecharem as portas no ano passado, um aumento de 12,6% em relação a 2014, quando 246 quebraram. No entanto, o índice é ainda pior se incluídas nas contas as empresas de comércio e serviços. O total de falências decretadas pela Justiça cresceu 16,6%, passando de 924, em 2014, para 1.078 em 2015 – maior taxa de expansão desde 2005, quando foi promulgada a nova Lei de Falências. De acordo com matéria do jornal O Globo desta quarta-feira (23), o levantamento foi feito pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
Sem confiança na política econômica que será adotada pelo governo petista, as multinacionais reduziram também suas operações no país. Segundo o jornal, quase 100 mil lojas encerraram as atividades somente no ano passado, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio. Com a credibilidade do governo em baixa, esse número pode ainda aumentar e, consequentemente, elevar o alto índice de desemprego que assola o país e preocupa milhares de famílias brasileiras.
“Nos últimos anos, o governo adotou uma série de medidas equivocadas e que levaram o país à recessão. Com o impeachment, isso poderia começar a mudar. A credibilidade do governo está muito comprometida. E economia se baseia em confiança. Sem confiança, não há recursos. Sem recursos, não há investimentos”, disse Cristóvão Pereira de Souza, especialista em Finanças e professor da FGV-Rio ouvido pelo O Globo, defendendo a necessidade de mudanças no cenário político para o país superar o quadro atual de crise na indústria.