Com a retração dos setores automotivo e extrativo (minério e petróleo), a produção industrial brasileira teve uma queda de 9,8% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (1º), é a 24ª queda consecutiva da produção nesta base de comparação, completando dois anos de perdas ininterruptas – pior desempenho da atual série histórica da pesquisa do instituto, iniciada em 2003.
A queda recorde é mais um número negativo do governo Dilma, que acumula déficit nos mais diversos setores: industrial, empresarial, com o desemprego em alta.
Segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo, é também a maior queda da produção industrial para o mês desde 2009 (-16,5%), um dos piores momentos dos efeitos da crise iniciada no mercado hipotecário americano sobre a indústria brasileira, segundo dados divulgados pelo instituto. O setor industrial é um dos mais afetados pela crise econômica instalada pelo governo da presidente Dilma Rousseff no país. Diante da queda no consumo das famílias e o corte de investimentos das empresas, o setor tem reduzido a produção e o número de trabalhadores para se adequar ao tamanho da demanda.
Segundo a Folha, a produção recuou 9% no acumulado dos últimos 12 meses e, segundo o IBGE, o setor marca agora uma queda de 11,8% no setor. Dos 26 ramos da indústria acompanhados pelo instituto, 21 tiveram queda de produção em fevereiro em relação ao mesmo período de 2015. Já dos 805 produtos pesquisados, 67,8% foram menos produzidos.