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Governo Dilma: juros e dívidas das famílias batem recorde

inflacao-300x201Os brasileiros se endividaram mais em 2015 e ainda nas modalidades mais caras de crédito. É o que aponta o relatório anual do Banco Central (BC) divulgado, nesta quarta-feira (27), sobre operações de crédito. O volume de refinanciamento dos débitos atrasados das famílias teve aumento de 15,2% – R$ 3,32 bilhões negociados com o sistema financeiro nacional. Como reflexo da crise, do desemprego e da queda na renda, o valor de R$ 21,914 bilhões em dezembro de 2014 passou a R$ 25,234 bilhões no encerramento do ano passado.

De acordo com matéria do jornal O Globo desta quinta-feira (28), o endividamento das empresas também deu um salto, preocupando investidores e dificultando a retomada do crescimento. A procura pela renegociação foi ainda maior: teve alta de 29,8%, saindo de R$ 80,366 bilhões para R$ 104,318 bilhões. Para especialistas ouvidos pelo jornal, os dados ilustram o cenário conturbado que o país atravessa, com a recessão se refletindo na dificuldade das famílias em fechar suas contas.

Além disso, o relatório do BC mostra que o crédito rotativo (mais caro) aumentou mais acelerado do que o não rotativo (mais barato). A tomada de financiamento por cartões de crédito e cheque especial subiu 7% em 2015 (mais R$ 12,2 bilhões), enquanto o endividamento por crédito pessoal e consignado teve expansão de apenas 1,3% (mais R$ 7,7 bilhões).

Recorde de juros

Segundo o jornal O Globo, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu 431,4% ao ano – recorde histórico. Já os juros do cheque especial bateram 287% ao ano em dezembro, os mais altos em 20 anos. O relatório do BC revela ainda uma piora generalizada no custo dos empréstimos para as famílias em 2015: os juros médios subiram 14%, chegando a 63,7% ao ano; e o spread (diferença entre o custo de captação dos bancos e o valor cobrado dos tomadores) aumentou 10,7%, alcançando 48%.

Além disso, com as taxas estratosféricas, a expansão dos empréstimos desacelerou tanto do lado das empresas quanto das famílias. No ano passado, o volume total de financiamentos cresceu 6,6%, abaixo da previsão do BC, que era de 7%, e bem inferior ao ritmo de 2014, de 11,3%. No caso das companhias, o volume destinado a capital de giro (diretamente ligado à atividade econômica) caiu 3,5% em 2015 – primeira queda desde o início da série histórica do BC, em 2007.

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