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Governo Dilma: recessão provoca queda na sobra do orçamento familiar

supermercado4-300x201A inflação, os juros altos e o desemprego – decorrentes da política econômica adotada pelo governo Dilma – estão corroendo os salários e fazendo sobrar cada vez menos dinheiro no orçamento das famílias. Em apenas um ano, esse valor caiu pela metade e o recuo foi maior nos domicílios mais pobres.

Levantamento feito pelo Santander e divulgado, com exclusividade, pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (29), mostra que nas casas com renda entre R$ 6 mil e R$ 12 mil, a parcela mensal que sobra após o pagamento de todas despesas fixas passou de R$ 2.856,22 em 2014 para R$ 2.057,75 no ano passado, uma perda de 28%. Já entre as famílias que ganham até R$ 1.500, essa fatia caiu de R$ 116,38 para R$ 47,86, queda de 59%.

Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), o governo Dilma está cada vez mais aumentando os impostos e, consequentemente, reduzindo o poder de compra do cidadão. “As classes mais vulneráveis que acabam sofrendo muito. O governo não está tomando as providências que, nós, enquanto oposição, temos batido diariamente, que é fazer alguns cortes na sua própria estrutura. A cada vez vem gastando mais e também fazendo os ajustes fiscais no bolso do cidadão brasileiro”, critica a tucana.

De acordo com o jornal, a falta de dinheiro para novas aquisições contribuiu para aprofundar ainda mais o ambiente recessivo em setores que dependem da renda e do acesso facilitado ao crédito para crescer, como a indústria automotiva, a construção civil e o comércio de bens duráveis. A produção industrial do país caiu 8,3% no ano passado, a do setor automotivo encolheu 25,9% e a da construção civil, 13%.

Segundo o economista Éverton Gomes ouvido pelo O Globo e autor do estudo, o efeito é mais forte nas faixas de renda mais baixas porque elas são as mais atingidas pelas demissões e queda dos salários e, normalmente, já têm pouca sobra quando descontados os gastos essenciais com alimentação, transporte, energia e gás. “A queda na capacidade de endividamento ocorre porque os salários têm subido menos do que o custo de vida e, como as taxas de juros devem continuar em um patamar elevado, a tendência é que caia ainda mais”, explica o economista.

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