Uma estimativa média de 13 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo jornal “Valor Econômico” aponta que o governo central, que engloba órgãos como o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência, registrou déficit primário de R$ 15,3 bilhões, em setembro.
Esse resultado negativo, o terceiro consecutivo, está relacionado à nova frustração com a arrecadação e o pagamento da primeira parcela do 13 º salário dos aposentados. As informações são do “Valor”, em matéria publicada nesta quinta-feira (29).
A reportagem destaca que o Tesouro divulga os números hoje e as projeções variam entre déficit de R$ 7,3 bilhões e R$ 29,3 bilhões. O Banco Central também publicará a Nota de Política Fiscal, com o resultado primário do setor público consolidado, que inclui Estados e municípios.
Mas as projeções de dez economistas indicam que os governos regionais registraram déficit nas contas do mês passado. Por isso, o resultado mensal do setor público deve ser negativo em R$ 17,9 bilhões, 0,6% do PIB em 12 meses.
O economista Fabio Klein, da Tendências , estima que o déficit primário do mês passado foi de R$ 29,3 bilhões, resultado ainda pior do que o de setembro de 2014. Para ele, um dos fatores que devem levar a um número tão negativo é a nova decepção com a arrecadação tributária.
Como Estados e municípios também devem ter resultado negativo no mês, de R$ 3 bilhões, o setor público registrou, nas estimativas das consultorias, déficit de R$ 16,3 bilhões. “Acumulado nos nove primeiros meses do ano, o déficit deve avançar para R$ 17,4 bilhões, evidenciando a dificuldade de se gerar resultado positivo em 2015”, dizem os economistas da Rosenberg.