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Governo Maduro reprime com violência protesto na Venezuela

Brasília (DF) – Em mais uma demonstração da postura ditatorial do governo Nicolás Maduro, as forças de segurança oficiais e extraoficiais da Venezuela impediram nesta terça-feira (4) que avançasse um protesto em Caracas comandado pela oposição ao presidente, aliado histórico dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A violência deixou 13 feridos – três jornalistas e 10 manifestantes, um deles baleado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta (5).

De acordo com a reportagem, o cerco ao protesto começou durante a madrugada. A polícia, a Guarda Nacional e as Forças Armadas fecharam os acessos à praça Venezuela, onde os rivais de Maduro se concentrariam às 10h (11h em Brasília).

Apesar do movimento de repressão, a agenda foi mantida. Cerca de cinco mil pessoas, incluindo militantes da coalizão Mesa de Unidade Democrática e do movimento estudantil, chegaram ao cerco da avenida Libertador às 10h30.

Líderes como o ex-presidenciável Henrique Capriles, o presidente do Legislativo, Julio Borges, seu vice, Freddy Guevara, e Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, acompanharam o grupo. Eles e outros políticos tentaram pedir o fim do cerco, sem sucesso.

Segundo o jornal, a polícia cercou os dois lados da Avenida Libertador e os opositores foram atacados com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Um restaurante na área confinada deu refúgio a 150 pessoas.

Em seguida, o grupo da oposição fez uma segunda tentativa de chegar à sede do Legislativo, mas centenas de milicianos avançaram em motos pela via disparando munição letal e pedras. A maioria dos manifestantes fugiu, e o resto foi retirado pela polícia.

Diante da repressão, a Assembleia Nacional transferiu para hoje a votação para afastar juízes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pelas decisões que tiraram poderes do Legislativo. Em Apure, a 400 km de Caracas, Maduro disse que seus rivais fracassaram. “Veio do norte a ordem à direita fascista para encher as ruas da Venezuela de sangue, mas triunfou a paz”, afirmou.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria da Folha.

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