O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, assinou um convênio com a prefeitura de Porto Alegre que permitirá a qualificação na busca por vagas a partir de um mapa de ocupação de leitos em tempo real. O processo será realizado por meio do Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint), desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa). O convênio foi assinado na tarde desta sexta-feira (22) no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite e do prefeito da capital, Nelson Marchezan Júnior.
O uso do sistema, já utilizado em todos os hospitais de Porto Alegre, dará mais agilidade e qualidade ao fluxo de pacientes, reduzindo listas de espera. A ferramenta permite ainda a identificação do paciente por meio do Cartão Nacional de Saúde, das unidades de Saúde e dos profissionais solicitantes e executantes pelo Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes), além do compartilhamento de informações com os prontuários eletrônicos dos serviços de saúde.
A meta é que o sistema chegue a 163 hospitais no Estado até o final de 2023. Foram selecionadas instituições que têm Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), realização de, no mínimo, cem cirurgias por ano ou leitos de saúde mental. “Saímos da era analógica para entrarmos na era digital. Em pleno 2019, o Estado ainda buscava leitos por meio de telefonemas. Isso significava demora e falta de clareza e transparência na gestão dos leitos hospitalares. Com esse sistema, o Estado, além de identificar os leitos vagos mais rapidamente, consegue entender melhor o tempo de internação, a forma e a disponibilidade dos hospitais para acompanhar de perto a situação de cada um”, esclareceu o governador.
O Gerint já é utilizado parcialmente pelo Estado, na chamada Fase 1. Por meio dele, são feitos os cadastros para solicitações de internações pelos hospitais que necessitam de transferência de pacientes. Hoje, após a entrada desse pedido, a Central de Regulação do Estado realiza manualmente a busca de leitos a partir de contatos por telefone com os serviços de referências para aquela especialidade. O novo convênio, chamado de Fase 2, permitirá que esse monitoramento e a aceitação ou rejeição do hospital executante sejam feitos pelo sistema informatizado e acessado pela internet.
Após a autorização da internação, o fluxo utilizado hoje não permite que a Secretaria da Saúde mantenha um monitoramento sobre o caso. Com a nova fase, os dados de internação e o prontuário eletrônico serão todos alimentados em tempo real na ferramenta até que a pessoa tenha alta médica. Isso possibilita que a Central Estadual de Regulação mantenha um mapa de ocupação atualizado, o que trará mais eficácia e rapidez ao processo.
*Com informações do Governo do Rio Grande do Sul