Apesar de 2017 marcar, segundo as projeções de especialistas, o início da recuperação econômica do país, dando um fim ao quadro de recessão deixado como herança pelo governo de Dilma Rousseff, o Brasil ainda será um dos últimos colocados no ranking mundial de crescimento da economia.
De acordo com uma compilação feita pela Bloomberg com a mediana das projeções sobre a economia de 36 nações, o Brasil terá, ao lado da Itália, o segundo pior desempenho neste ano, com uma expansão econômica de somente 0,8%. As informações são de matéria publicada nesta quarta-feira (8) pelo jornal O Globo.
Somente a Venezuela, com uma retração de 2,5%, terá um desempenho pior que o do Brasil, de acordo com o levantamento. A reportagem ainda ressalta que, na comparação com outras economias emergentes, o Brasil será derrotado por ampla vantagem. Índia (com 7,4%), que é líder do ranking, China (6,5%), Argentina (3%) e Colômbia (2,4%) são alguns dos exemplos citados pela reportagem do jornal O Globo de países com um crescimento muito superior ao brasileiro projetado para 2017.
Economistas ouvidos pela publicação carioca salientam que o Brasil ainda levará algum tempo para voltar aos patamares de crescimento anteriores à crise econômica, sendo que alguns indicadores, como a geração de emprego, ainda devem se deteriorar mais até começarem a apresentar sinais positivos.
“A recuperação vai ser lenta porque os investimentos foram um dos segmentos que mais caíram e serão um dos últimos a melhorar; o desemprego deve continuar subindo, e a indústria ainda tem muita capacidade ociosa. A perda do grau de investimento também representa uma dificuldade para a retomada. Ou seja, só conseguiremos voltar ao tamanho que tínhamos antes da crise por volta de 2020”, analisou Paulo Gomes, economista da Azimut Brasil Wealth Management.
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