Brasília (DF) – O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P) é a manchete dos principais jornais do país. Em todos os veículos de imprensa, a informação alerta sobre as críticas à política econômica do governo, ressaltando por má gestão e baixo crescimento. A notícia, informou a imprensa, pegou o governo de surpresa.
O jornal Estado de S. Paulo diz na sua manchete “Agência de risco rebaixa nota do Brasil” e acrescenta que a Petrobras e a Eletrobras, duas das maiores estatais brasileiras também tiveram suas avaliações de crédito reduzidas.
O jornal O Globo traz a manchete “Agência rebaixa nota do Brasil”, informando ainda que a S&P “pune o país or má gestão fiscal e baixo crescimento”. Tam,bém informa que a iniciativa gerou irritação no governo.
O Valor Econômico diz na sua manchete “S&P vê piora fiscal e reduz nota de crédito do Brasil”, lembrando que para evitar o rebaixamento o governo anunciou corte de R$ 44 bilhões no Orçamento e comprometeu-se com a meta de superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto em 2014.
O Correio Braziliense informa que “Agência aponta erros de gestão e rebaixa o Brasil”, ressaltando que o país está “a um passo de perder o grau de investimento, nota que atesta a capacidade da nação de pagar a dívida inerna e externa e a torna confiável aos olhos de credores” internacionais.
Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, é resultado de uma temporada de equívocos cometidos pela presidente Dilma Rousseff. Em nota, o senador se manifestou. A seguir, a íntegra da nota.
“Infelizmente aconteceu o previsto e o país teve sua nota de crédito rebaixada pela Standard & Poor’s. A decisão coroa uma temporada de equívocos cometidos pelo governo da presidente Dilma Rousseff na área econômica, mas não só nela. O histórico de manipulações contábeis, o descuido com a boa aplicação dos recursos públicos, a leniência com a inflação, a ineficácia na realização dos investimentos necessários para destravar o país, em contrapartida aos exorbitantes gastos correntes, explicam, com sobras, a indesejada decisão.
A revisão do rating brasileiro tende a encarecer o crédito para o país no mercado internacional e afetar ainda mais nossas perspectivas de desenvolvimento. O Brasil passa por um triste momento de perda de confiança, de credibilidade arranhada – em síntese, de desesperança em relação ao futuro e de erosão das conquistas do passado. Tamanho retrocesso não é obra que se constrói ao acaso. É fruto de desacertos diários de um governo que, até hoje, mais prejudicou do que ajudou o Brasil”.