Após a queda na geração de empregos e a renda prejudicada pela inflação, a inadimplência voltou a crescer. De acordo com o Banco Central, o índice de calote da pessoa física, nos empréstimos com recursos livres, foi de 6,5% para 6,7% em maio. As informações são do jornal O Globo desta quinta-feira (26).
Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), o cenário já estava desenhado. “A política econômica do governo federal foi incentivar o consumo da população e agora eles não têm recursos para honrarem com as dívidas”, disse.
As famílias já deixam atrasar as parcelas de crédito para consumo. Elas preferem pagar os investimentos habitacionais e deixam de pagar os carnês de compras.
De acordo com o levantamento, as pessoas físicas recorreram a mais créditos no mês passado, mesmo com as finanças apertadas e com o aumento de juros. As concessões de novos financiamentos subiram para 4,3%. Pelo menos R$163 bilhões foram liberados por meio dos empréstimos.
O percentual de atrasos das empresas também piorou: passou de 1,9% para 2%, o mesmo de outubro de 2013. O deputado ressaltou que faltaram investimentos na indústria. “A média do Produto Interno Bruto (PIB) atual é de 18% enquanto era de 36%”, lamentou. Ele alertou ainda que o governo precisa adotar medidas que ajudem a população a pagarem as suas dívidas.