Brasília (DF) – O desgoverno da gestão da presidente Dilma Rousseff na economia tem penalizado a cada dia mais os brasileiros das grandes regiões metropolitanas. A inflação, que já era alta, chegou aos dois dígitos em quatro capitais brasileiras: 10,44% no Rio de Janeiro, 10,85% em Porto Alegre, 11,58% em São Paulo e 11,95% em Brasília, o maior índice do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), a média nacional é de 10,53%.
As informações são de reportagem desta quarta-feira (06/01) do jornal Correio Braziliense. De acordo com a publicação, o aumento da inflação em todas as regiões metropolitanas do país se deve às pressões nos preços administrados pelo governo – água, energia elétrica e combustível.
Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), a recessão econômica em que o governo petista mergulhou o Brasil é um ciclo que potencializa a inadimplência e a falta de investimentos. “O governo perde a receita e a única solução que ele encontra é aumentar imposto, o que causa essa recessão que está aí, com o número de desemprego muito grande também. A única esperança nossa é a mudança do governo”, disse. “Enquanto [Dilma] permanecer no governo, a tendência é piorar”, acrescentou.
A expectativa do Ibre-FGV para 2016 é que o elevado custo de vida continue minando o poder de compra dos brasileiros. O instituto estima que a inflação neste ano será de 7,3%, potencializada pela alta do dólar, desvalorização do real e pelos aumentos nos supermercados, no ICMS e reajustes nas tarifas de ônibus urbanos, como ocorreu no Distrito Federal.
“Brasília, além de ter a maior inflação, teve a maior perda de receita. Enquanto a receita da União, que também está em crise, subiu, nós perdemos mais de R$ 1 bilhão de arrecadação, exatamente pela evasão das empresas. Isso é muito ruim”, avaliou o tucano Izalci.
O parlamentar destacou que a situação em Brasília se replica nas demais capitais brasileiras porque o país não oferece “condições de competitividade” satisfatórias para competir com outras empresas, também a nível internacional. “Na prática, aumento de preço em uma recessão como essa faz piorar a situação. É o que está acontecendo. Com o aumento da inflação, aumenta o número de desemprego, mais empresas vão fechando”, afirmou.
“A crise aqui acaba sendo maior do que as outras porque é uma crise que não é temporária”, completou o deputado.