Brasília (DF) – O orçamento das famílias mais pobres está sendo destroçado. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontaram que o índice que mede a inflação de quem ganha até 2,5 salários mínimos chegou a 10,37% em 12 meses até agosto. O resultado foi o maior da série iniciada em 2004 e superior ao índice geral, o IPC-BE, que registrou 9,37% no período.
Reportagem do jornal Correio Braziliense desta sexta-feira (4) destacou que, segundo o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), as despesas com habitação, transporte e alimentação são as que aumentaram nos oito primeiros meses do ano. No período, o indicador acumulou alta de 8,01%.
De acordo com as informações, entre os grupos que mais encareceram estão o setor de transportes, que teve alta de 0,42%, o de Saúde e Cuidados Pessoais, que cresceu 0,59%, o de Educação, leitura e recreação (0,34%) e o de Comunicação (0,10%).
Os gastos com as tarifas de ônibus, por sua vez, também subiram, em média, 0,55%, enquanto os artigos de higiene e cuidado pessoal registraram reajustes de 1,22%. Além desses itens, as passagens aéreas aumentaram 9,55% e as mensalidades de tv por assinatura,1,75%.