
Arquivos digitais que comprovariam a participação da presidente Dilma Rousseff em episódios de corrupção e fraudes da estatal Eletronuclear foram encontrados pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro da Silva. O executivo foi detido por suspeita de receber propina desviada de obras da Usina Nuclear Angra 3.
O senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) também teve seu nome citado no material encontrado pela força-tarefa da Lava Jato e está sendo investigado junto com a petista. Por terem foro privilegiado, o juiz Marcelo Brêtas, responsável na Justiça Federal do Rio pelos processos, encaminhou ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), os arquivos com referências ao envolvimento de Dilma e Lobão no esquema, como revela a matéria publicada nesta terça-feira (3) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Teori poderá decidir se abrirá um novo inquérito sobre a participação de Dilma no caso da Eletronuclear ou se o material será incluído em procedimentos já abertos e em tramitação na Suprema Corte. O próximo passo será o envio à Procuradoria-Geral da República (PGR), para análise.