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Justiça condena lobista dos governos Lula e Dilma por compra de MPs

PRESIDENTA DILMA DURANTE ENCONTRO COM O EX PRES LULA EM SAO PAULO, NO HOTEL MERCURY. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
PRESIDENTA DILMA DURANTE ENCONTRO COM O EX PRES LULA EM SAO PAULO, NO HOTEL MERCURY. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Nove acusados de “comprar” medidas provisórias nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram condenados pela Justiça nesta quarta-feira (4). Entre eles estão o empresário Mauro Marcondes Machado e o advogado José Ricardo da Silva, considerados os principais articuladores do esquema. As penas foram pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. As investigações sobre o caso fazem parte da Operação Zelotes.

A decisão foi do juiz Vallisney de Souza, da 10ª Vara Federal em Brasília, que considerou existirem provas suficientes sobre a ilegalidade das operações do grupo que intercedeu para a viabilizar a edição de duas MPs que prorrogaram incentivos fiscais a indústrias automotivas instaladas no Norte, Nordeste e no Centro-Oeste. As informações são da matéria publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Machado recebeu pena de 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Ele é dono da Marcondes e Mautoni Empreendimentos que, segundo os procuradores, foi contratada pela MMC Automotores para “comprar” as MPs. A mulher do lobista, Cristina Mautoni está entre os condenados e recebeu uma pena de seis anos e cinco meses de reclusão por associação criminosa.

A condenação de Silva foi de 11 anos de prisão em regime fechado. Além de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa o advogado também foi condenado por extorsão.

Além da compra de MPs, a operação Zelotes investiga suposto esquema de corrupção para influenciar decisões no conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Lulinha
Mauro Marcondes Machado é o proprietário da empresa que fez pagamentos no valor de R$ 2,5 milhões a uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. A quantia era, oficialmente, referente a uma consultoria feita pela companhia de Luís Cláudio à empresa de Marcondes. O trabalho, porém, continha trechos retirados da enciclopédia colaborativa Wikipedia e de outros sites da internet.
O caso não está relacionado à condenação atual de Marcondes e prossegue sob investigação.
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