O governo federal espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões com a concessão de quatro aeroportos brasileiros à iniciativa privada. Em leilão que será realizado nesta quinta-feira (16), serão definidos os novos administradores privados dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza. As empresas vencedoras deverão investir na ampliação dos terminais de passageiros, pátios de aeronaves e estacionamentos. Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), a medida é importante para melhorar a infraestrutura dos aeroportos, além de gerar um alívio na economia brasileira.
“Nós estávamos ouvindo falar desse tema ainda no governo anterior, mas nunca passou da intenção. Não virou prática, não foi formalizado. Os investidores terão a capacidade de fazer os investimentos necessários para melhorar a condição de cada um desses aeroportos. O Brasil está precisando criar um ambiente negocial seguro, sólido, que permita que o recurso volte a girar dentro de uma economia para que nós possamos retomar o nosso crescimento. E você só fará isso trazendo o capital privado”, disse o tucano.
Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos. O deputado Rogério Marinho aponta a necessidade de excluir a estatal nesse primeiro momento, a fim de estimular a autonomia do leilão e empresários.
“Se você permite que o empresário possa ter autonomia dentro das regras fixadas pela agência de aviação para fazer o seu papel com maior desenvoltura, sem dúvida há uma possibilidade muito maior de dar o processo de privatização do que se nós obrigarmos a ter um sócio. E um sócio estatal que tem menos agilidade, menos flexibilidade. Essa é uma medida extremamente importante. Ela areja a economia, e aponta no caminho correto.”
As concessionárias também deverão fazer melhorias imediatas nos terminais, como revitalização e atualização de sinalizações e de sistema de iluminação, oferta de internet gratuita de alta velocidade, além de reformas nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes. A previsão é que mais de R$ 6 bilhões sejam investidos nos quatro terminais privatizados.