PSDB – RS

Leite diz na Unisinos que estatais deficitárias devem ser vendidas e Banrisul tem de continuar público

O candidato ao governo estadual pelo PSDB Eduardo Leite defendeu no debate promovido pelo DCE da Unisinos, em São Leopoldo, na terça-feira (14), a privatização das empresas estatais deficitárias. Para ele, no entanto, o Banrisul precisa ser mantido público, por ser uma instituição financeiramente saudável e ter uma função estratégica para a retomada do desenvolvimento do RS.

Eduardo considera que a administração de empresas públicas torna-se difícil em virtude das amarras legais para a gestão. “Eu defendo que essas atividades possam ser repassadas à iniciativa privada e que o Estado passe a regular, a fiscalizar e garantir a boa prestação de serviço”, disse.

O candidato, que representa a frente Rio Grande da Gente (PSDB, PTB, Progressistas, PPS, PHS, PRB e Rede), falou sobre a sua proposta de desenvolvimento e as saídas que propõe para a crise estrutural que vive o Estado: “O governo não pode ficar encurralado na recuperação fiscal, precisamos ter uma pauta de desenvolvimento para incrementar a receita sem aumentar impostos”, afirmou.

Para Eduardo, a retomada do crescimento gaúcho passa pela melhoria da infraestrutura por meio de parcerias com o setor privado, redução da burocracia, da carga tributária e investimentos em Educação, Saúde e Segurança Pública.

Sobre o último item, referiu-se ao candidato a vice de sua chapa, o delegado Ranolfo Vieira Júnior (PTB), policial da ativa e que já dirigiu a Polícia Civil gaúcha. “Ranolfo nos dá a garantia de que trataremos a Segurança com prioridade e que teremos soluções efetivas nessa área.”

Eduardo defendeu a inteligência, integração e os investimentos para a Segurança Pública com a ajuda da iniciativa privada. Citou exemplos aplicados em Pelotas, como o policiamento comunitário e o uso de tecnologias para auxiliar o combate ao crime. Referiu-se também à necessidade de aperfeiçoar o sistema penitenciário e construir uma nova rede de presídios que seja eficiente para tirar o criminoso da rua e reabilitá-lo. “É estratégico para promover novamente a inserção dessas pessoas na sociedade”, afirmou.

O evento reuniu quatro candidatos ao Piratini e lotou o Anfiteatro Pe. Werner. Eduardo, 33 anos, ex-vereador, ex-secretário municipal, ex-presidente da Câmara de Vereadores e ex-prefeito de Pelotas, foi o primeiro a se apresentar. Lembrou que Pelotas é a terceira maior cidade do Estado, mas apenas a nona economia do RS e polo de uma região que empobreceu economicamente, a Região Sul, e que tem muitas dificuldades e carências, muitas demandas e poucos recursos para atendê-las.

“Podem ter certeza que eu sei bem o que é governar na dificuldade, ter que fazer escolhas, estabelecer prioridades e buscar sempre o contato com a população para que a gente possa atender às demandas da comunidade”, afirmou.

O tucano referiu-se também à decisão de não concorrer à reeleição à prefeitura, mesmo aprovado por 87% dos pelotenses. “Eu resolvi porque acho que no nosso sistema político brasileiro, a reeleição é um problema e, embora seja natural que em qualquer regime democrático aconteçam composições políticas em nome da governabilidade, a recandidatura muitas vezes vira um balcão de negócios e traz mais problemas do que benefícios”, avaliou.

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