O governador Eduardo Leite esteve, nesta sexta-feira (18/10), no Vale do Paranhana, importante região da indústria calçadista gaúcha. A primeira parada foi na Usaflex, em Igrejinha. A empresa, com quatro unidades fabris no Estado, gera cerca de 2,8 mil empregos diretos e produz 25 mil pares por dia, totalizando 6 milhões por ano. O deputado federal Lucas Redecker acompanhou a agenda.
Na sede da indústria, ao afirmar que a agenda na região serve para ouvir o setor coureiro-calçadista, Leite destacou os esforços do governo no sentido de reduzir custos logísticos para diversas cadeias produtivas por meio de concessões de rodovias e investimentos em hidrovias. Ele falou ainda sobre o Novo Código Ambiental, em tramitação na Assembleia, que dará celeridade aos processos de licenças no RS.
“Aqui a gente visualiza a vocação da região do Vale do Paranhana. Estamos olhando muito atentamente para o setor através de um diálogo estabelecido com a nossa Secretaria da Fazenda, que visa criar incentivos para que as empresas possam fazer investimentos, gerando empregos”, destacou Leite.
Após a visita, o governador se reuniu com representantes do setor na sede do Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas. Os empresários demonstraram preocupação com o cenário atual: em 2007, a indústria calçadista gaúcha representava 40% do valor gerado pela produção nacional. Uma década depois, a participação do RS caiu para 29%. Entre as principais reivindicações do setor está a Campanha ICMS igual para todos, inciativa criada pelo Movimento Pró-Calçado RS.
No sindicato, o governador disse que a demanda é “justa e legítima”. Leite destacou, ainda, que a Secretaria da Fazenda não tem a missão de resolver as questões do governo, mas de atender as necessidades dos setores produtivos. “A Secretaria da Fazenda está aberta para discutir com os setores produtivos e os empreendedores a política tributária do Estado. Isso é uma novidade. A nossa postura agora é sentar à mesa. Criamos um programa chamado receita 2030 não apenas para reduzir alíquotas, mas para simplificar a relação com o contribuinte”, acrescentou.