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Líder governista ofereceu R$ 50 mil mensais para que Cerveró não o entregasse

delcidio-300x214O líder do governo no senado, o petista Delcídio do Amaral, preso nesta manhã (25) por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, ofereceu ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a quantia de R$ 50 mil mensais para que ele não fizesse acordo de delação premiada ou não citasse o parlamentar, caso aceitasse. A informação está no documento enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, conforme matéria publicada no portal G1.

O relatório produzido pela PGR foi baseado nas gravações feitas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras. Ele gravou duas reuniões, realizadas nos dias 14 e 19 de novembro, cujos participantes eram Delcídio Amaral e André Esteves. O documento afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à sua família por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, que também foram presos na manhã desta quarta.

Zavascki afirma que no documento há uma gravação na qual Delcídio Amaral discutiu meios de rota para Nestor Cerveró deixar o país, caso o STF lhe concedesse habeas corpus. O Paraguai foi sugerido como rota de fuga, por Delcídio, para o ex-diretor da Petrobras chegasse à Espanha.

Segundo a PGR, Delcídio também prometeu a Cerveró influir em julgamentos no STF para ajudá-lo. O senador disse que falaria com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para influenciar a Corte.

A assessoria de Delcídio informou que o advogado dele, Maurício Leite, embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso. Por meio de nota, o BTG Pactual disse estar “à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.”

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