PSDB – RS

Líder manifesta apoio ao distritão na reforma política

O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Ricardo Tripoli, de São Paulo, indicou que a maioria da bancada tucana deve votar a favor do distritão no debate da reforma política na Casa. Neste modelo, são eleitos os deputados e vereadores mais votados em cada estado ou município, independentemente dos partidos. Atualmente, o sistema é proporcional, que considera os votos dos candidatos e também os votos para os partidos e coligações. Os partidos com mais votos ganham maior número de vagas na Câmara. Para o líder, o distritão é mais condizente com o desejo da população.

“Me parece extremamente democrático e o que a opinião pública quer. Você não pode ter aqui na Câmara deputados que têm 100 mil votos e são suplentes e ter deputado com 20 mil votos que é titular. Eu acho que com isso corrige essa distorção e a opinião pública quer isso: aqueles que foram os mais votados e escolhidos pela população para representá-los aqui no Congresso Nacional”, afirmou Tripoli.

Para os tucanos, o ‘distritão’ é um caminho de transição para o sistema ‘distrital misto’. No misto, deve existir a combinação do voto proporcional e majoritário. Ou seja, os eleitores terão dois votos: um para os candidatos e outro para as legendas. Tripoli também falou do polêmico fundo com dinheiro público para bancar campanhas. Para o líder, o percentual proposto – de 0,5% da receita corrente líquida – é muito alto, e o país deve focar em demandas mais urgentes como saúde, educação e segurança pública.

“O Judiciário já determinou que não pode ser financiamento privado. Por conta disso, você tem que buscar qual é a forma do financiamento público. Nós não concordamos com o financiamento de 0,5% que querem tirar da peça orçamentária. Esse valor é muito grande e não faz sentido num momento em que você precisa fazer economia na área da saúde, da educação, segurança pública”, disse o líder.

Por se tratar de uma PEC, o texto ainda precisa passar por dois turnos de votação no plenário da Câmara – são necessários pelo menos 3/5 dos votos para aprovação em cada turno. Depois, a matéria deve seguir para o Senado para mais duas etapas de apreciação. Para ter validade no ano que vem, a nova regra precisa pelas duas Casas até o fim de setembro.

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