A Petrobras conseguiu reverter prejuízos e registrar lucro de R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre de 2017, o melhor resultado em dois anos. Segundo balanço da estatal divulgado nesta quinta-feira (11), o desempenho é resultado de um esforço para cortar gastos, impulsionar a produção e as exportações – adotado após a troca no comando da estatal com a saída da presidente Dilma Rousseff.
Em comparação com o trimestre anterior, a Petrobras reduziu em 18% os gastos operacionais e em 27% as despesas com vendas. A carteira de desinvestimentos também gerou uma economia de 26%. Com o reajuste nos preços dos combustíveis e o aumento em 98% das exportações de petróleo no período – passando de 307 mil para 609 mil barris diários – a companhia teve a melhor geração de caixa operacional de sua história para um trimestre, de mais de R$ 25 bilhões.
Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-PR), a notícia surpreende. O tucano acredita que, em breve, a economia do país sentirá os efeitos positivos desse superávit.
“Essa é uma notícia fantástica. É uma demonstração de que com esse superávit a gente pode ter superávit em outros setores atrasados. Isso ajuda o Brasil a continuar a crescer e se desenvolver mais.”
A alta na produção de petróleo entre janeiro e março deste ano, ante igual período de 2016, foi de 10%. Todos esses fatores, além da valorização do Real diante do dólar, derrubaram o endividamento da Petrobras. A dívida líquida da empresa caiu 5%, para R$ 301 bilhões. Tebaldi acredita que, se a petroleira seguir nesse ritmo, muito em breve pode eliminar o débito deixado pela corrupção dos governos do PT.
Com esses resultados, a Petrobras mira um novo balanço positivo no segundo trimestre, no qual vai incorporar mais de R$ 6 bilhões da venda de sua malha de gasodutos no Sudeste à empresa canadense Brookfield.