
Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Os investigadores da Operação Lava Jato podem abrir uma ação civil de improbidade administrativa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que impediria o petista de disputar eleições pelos próximos dez anos. O processo pode ser aberto caso se confirmem as suspeitas que indicam que empresas envolvidas no “petrolão” bancaram obras no sítio utilizado por Lula e sua família em Atibaia, São Paulo.
Já existem, inclusive, precedentes para a abertura do processo contra o petista. Segundo informações de matéria da Folha de São Paulo publicada nesta segunda-feira (7), há outras cinco ações de improbidade em curso na Lava Jato. Elas pedem que os acusados fiquem inelegíveis por até dez anos.
O ex-presidente tem tentado desvincular seu nome da propriedade no interior paulista, alegando que ele e sua família só utilizariam o sítio em dias de descanso, tese derrubada por documentos que mostram que Lula já viajou 111 vezes para Atibaia.
Outro argumento usado pela defesa do petista é o de que o sítio foi comprado em outubro de 2010 e que Lula só soube da aquisição em janeiro do ano seguinte. O problema é que muitas obras realizadas no imóvel bancadas pela empreiteira Odebrecht foram feitas no final de 2010 e contaram com a participação do então assessor da Presidência Rogério Aurélio Pimentel, que fez pagamentos em dinheiro vivo para bancar serviços e materiais utilizados nas reformas. A participação de Pimentel pode elevar o prazo de prescrição do processo para 16 anos.