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Maduro suspende salários de deputados há mais de um ano

Os deputados venezuelanos completaram um ano sem receber salários. A informação é do secretário do sindicato de trabalhadores da Câmara da Venezuela, José Rivero. O atraso é desdobramento de medidas tomadas pelo Tribunal Supremo de Justiça, controlado pelos aliados do presidente Nicolás Maduro, em represália à oposição exercida pela maioria da Assembleia Nacional. O deputado federal Giuseppe Vecci, do PSDB de Goiás, critica o posicionamento do governo e lamenta a situação vivida pelo país vizinho.

“Eu vejo com tristeza, com pesar de ver um país com tanto potencial, como a Venezuela, numa situação hoje muito ruim. E apesar de ter petróleo em abundância, lá está faltando democracia. Está faltando capacidade do governo de entender que hoje em dia é muito difícil você ter um governo totalitário. E tudo isso está trazendo cada vez mais dificuldade com a população que procura, certamente, as questões básicas para poder sobreviver”, afirmou.

O governo se recusa a enviar fundos necessários para o Parlamento sob a justificativa de que o órgão está em desacato. Em agosto de 2016, os deputados pararam de receber seus pagamentos. Em janeiro deste ano, a Justiça ordenou ao Executivo a paralisação do orçamento destinado à Câmara. Vecci ainda cobra de órgãos e ONGs mundiais mais atenção para o caos que a nação venezuelana vem enfrentando.

“Nós vimos agora um contingente grandioso de pessoas da Venezuela adentrando ao Brasil pela Roraima, procurando alimentação, saúde, medicamentos. Acho que o Mercosul, o Brasil, a OEA, a ONU, deveriam se preocupar um pouco mais com esse importante país da América do Sul. É preciso restaurar a democracia, é preciso que o país retome o crescimento econômico”, reiterou o deputado.

A crise na Venezuela é um dos principais assuntos na imprensa mundial e tem reflexos nos países vizinhos. No final do mês passado, os Estados Unidos lançaram sanções contra o presidente venezuelano, congelando seus ativos no país, além de chamarem Nicolás Maduro de “ditador” um dia após a eleição da Assembleia Constituinte do país. O número de pessoas mortas durante protestos contra o governo Maduro já ultrapassa 120.

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