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“Mais atualizadas, vamos vencer barreiras e avançar rumo a 2020”, por Solange Jurema

Nos próximos dias 18 e 19, nós, do PSDB-Mulher, vamos promover um dos encontros mais importantes do ano: uma reunião com as vereadoras eleitas, em 2016, do Norte e Nordeste.  Em todo o país, são 704 vereadoras. Quando nos encontramos, observamos que a dificuldade de uma é também de outra e que a troca de experiências é capaz de contribuir para soluções nem sempre visíveis aos nossos olhos.

Nesta etapa, em Maceió, queremos reunir pelo menos cem vereadoras que conseguiram adaptar suas agendas para tratar de temas caros às mulheres, como ética, gênero e responsabilidade, assim como políticas e administração públicas.

Vamos conversar com homens e mulheres com larga experiência em política, como José Aníbal, presidente do Instituto Teotonio Vilela, Adriana Vilela Toledo, presidente do PSDB-Mulher de Alagoas, e Fátima Jordão, socióloga e fundadora do Instituto Patrícia Galvão, entre tantos e tantas outras que não posso ser injusta e deixar de citar.

Será o momento de ouvir as resoluções de administradores que se destacam no cenário nacional, como a prefeita de Caruaru (PE), Raquel Lyra, que adotou medidas práticas e simples para dar agilidade ao agendamento de atendimentos médicos e também à entrega de casas populares.

O que a comunidade espera de um gestor público? Ação. Algo que está presente no cotidiano das mulheres de forma intuitiva e prática: somos capazes de ir ao mercado, falar no celular, resolver o problema do filho com a lição de casa e ainda marcar médico ou dentista. Por que não transferir essa nossa habilidade para as políticas públicas?

É importante pensar em alternativas, afinal, pelos dados do Inter-Parliamentary Union, associação dos legislativos nacionais de todo o mundo, o Brasil tem pouco mais de 10% de mulheres na Câmara dos Deputados, ficando em 154º lugar entre 193 países do ranking elaborado pela entidade, atrás de nações que tradicionalmente colocam o papel feminino como secundário, como países do Oriente Médio.

A situação não é diferente quando se fala em vereadoras. Segundo o estudo, apesar de as candidaturas femininas terem aumentado nos últimos anos, o percentual de votos recebidos pelas mulheres caiu no mesmo período. De acordo com o levantamento, no Brasil há sete vereadores (homens) para uma vereadora (mulher).

Assim, é fundamental pensarmos que só mais atualizadas e preparadas seremos capaz de vencer as barreiras, que ainda persistem à presença das mulheres em funções públicas, e avançar nas eleições de 2020. Se Deus quiser, nossos planos vão se tornar realidade em breve, bem breve.

*Presidente nacional do PSDB Mulher e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres no governo Fernando Henrique Cardoso

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