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Mais de 200 mil venezuelanos foram às ruas contra Maduro neste fim de semana

Em mais um fim de semana de forte tensão na Venezuela, cerca de 200 mil pessoas se reuniram em todo país para um protesto contra o presidente Nicolás Maduro. Há quase dois meses, os venezuelanos vêm enfrentando uma onda de manifestações com um total de 47 mortos, além de centenas de feridos e mais de 2 mil manifestantes detidos. A oposição exige a saída de Maduro do poder e a convocação de eleições diretas. O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) vê com tristeza a situação do país vizinho, que vem sofrendo as consequência de um governo autoritário.

“A população vem sofrendo as consequências de um governo irresponsável. De uma ditadura, na verdade, que age com truculência, violência, atinge as Forças Armadas para oprimir a população. Essas manifestações que nós temos assistido e, infelizmente, essas mortes – quase 50 mortes já, são consequências exatamente da revolta da população, do inconformismo da da população vivendo embaixo de uma ditadura.”

Na capital Caracas, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que caminhava na direção do centro da cidade. Os opositores denunciam uma “repressão selvagem” do governo, enquanto Nicolás Maduro acusa a população de fazer “terrorismo” para dar um golpe de Estado com financiamento dos Estados Unidos. De acordo com a ONG Foro Penal, ao menos 161 pessoas foram encarceradas por ordem de tribunais militares. O deputado Miguel Haddad ressalta que os países vizinhos devem ser solidários com a situação delicada dos venezuelanos.

“É importante que o Brasil se manifeste. Mas essa não é uma ação única do Brasil. Não é uma medida que pode ser resolvida por um único país. Mas é uma ação de todo o continente. É um  quadro que não pode se arrastar mais. Essa manifestação e algumas medidas diplomáticas, e algumas medidas, inclusive, de contenção desse processo possam fazer com que melhore um pouco que está”, disse.

Neste sábado, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, defendeu a realização de eleições gerais e imediatas como única alternativa para resolver a crise política e econômica na Venezuela. Sete em cada dez venezuelanos rejeitam o governo do presidente Maduro, segundo pesquisas de institutos privados. A devastação econômica foi acentuada pela queda nos preços do petróleo a partir do ano de 2014.

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