Filho de professores universitários, Eduardo Leite conviveu em um ambiente que despertou cedo seu interesse pela política. Disputou a primeira eleição aos 19 anos, foi vereador, presidente da Câmara Municipal e, aos 27, chegou ao cargo de prefeito de Pelotas, cidade do interior gaúcho que administrou entre 2013 e 2016. Em vez de disputar a reeleição, Eduardo apoiou sua vice, a também tucana Paula Mascarenhas, que bateu recorde de votação na história da cidade, e resolveu investir em sua formação: passou seis meses na Universidade Columbia, em Nova York, estudando os desafios da gestão pública de saúde em cidades brasileiras, e agora fará um mestrado em Gestão e Políticas Públicas na FGV-SP.
O ex-prefeito explica a decisão tomada: “Mais importante do que as pessoas na política é o projeto, é o que se pretende fazer e entregar para a população”. A estratégia de gestão de Eduardo Leite, continuada pela atual prefeita, traçou uma política de responsabilidade do gasto público que não se esgota em si mesma e tem como objetivo viabilizar investimentos que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos. “Gastar mais e de forma irresponsável gera dívida. A dívida gera problemas de financiamento no governo, que vão condenar o investimento na área social”, afirma.
Segundo o ex-prefeito, para enfrentar a dificuldade fiscal dos municípios, agravada pela crise econômica, é fundamental saber dizer não e escolher prioridades. No caso de Pelotas, Eduardo Leite focou na saúde e promoveu uma série de empreendimentos, entre os quais se destaca o Rede Bem Cuidar. Trata-se de um programa que investe na promoção e prevenção da saúde de forma complementar ao tratamento de doenças.
Com o sucesso da gestão em Pelotas e a vitória no primeiro turno de Paula Mascarenhas, Eduardo Leite tem sido apontado como uma alternativa consistente para tirar o governo gaúcho da grave situação fiscal em que se encontra há tempos. “É preciso construir um projeto transformador para o Rio Grande do Sul, que não se limite à pauta fiscal, mas faça uma revolução na educação, na ciência e tecnologia e que recoloque, em termos de competitividade, o Estado no cenário nacional.”
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