Brasília (DF) – O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega admitiu à Justiça Federal do Paraná, em petição enviada nesta segunda-feira (29), que possuía uma conta oculta na Suíça não declarada à Receita Federal. Os advogados do petista afirmaram que o saldo da conta Papilon Company, no Banco Picktet, na Suíça, era de US$ 600 mil, fruto da venda de um imóvel herdado do pai, segundo ele. O dinheiro teria sido recebido antes de Mantega assumir o ministério da Fazenda, em 2006.
De acordo com o jornal O Globo desta terça (30), a defesa do ex-ministro afirmou na petição que ele “não espera perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública”.
Segundo a reportagem, além de dizer abrir mão de “todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal”, o texto ressalta que Mantega se compromete a apresentar o extrato da conta assim que o receber da instituição financeira”.
Lava Jato
Em setembro de 2016, o petista foi alvo da 34ª fase da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter solicitado pagamentos a campanhas do PT, em 2012. De acordo com a suspeita, o dinheiro teria sido repassado ao casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
O juiz federal Sérgio Moro chegou a determinar sua prisão temporária, mas acabou revogando a medida ao saber que ele acompanhava naquele dia uma cirurgia para tratamento de câncer de sua mulher. O ex-ministro ficou cerca de seis horas detido.
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