PSDB – RS

Marchezan: poder público deve servir à população

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), rebateu a decisão dos vereadores da cidade que aprovaram uma emenda aumentando o teto salarial do funcionalismo de R$ 19 mil para R$ 30 mil. Ressaltando que o poder público tem de ter responsabilidade e estar a serviço da população, o prefeito afirmou que a primeira responsabilidade é a financeira.

“E eu peço a ajuda dos vereadores. O teto de R$ 19 mil é muito importante. São quase R$ 70 milhões de reais por ano de economia. Nós não temos por que ter cidadãos melhores que outros em Porto Alegre. O ajuste fiscal é o passo sem o qual nós não daremos nenhum outro passo na nossa cidade. Nenhum outro passo”, afirmou.

Segundo o tucano, os vereadores precisam ajudar o governo, que vai enfrentar tudo que tiver de enfrentar para melhorar a vida do cidadão. “Esta firmeza de posições que a gente precisa e que a gente quer, na verdade nem é para o nosso governo, é para a gente fazer uma mudança que é extremamente necessária”, disse.

A necessidade de que parte do funcionalismo compreenda a urgência da responsabilidade e dos ajustes fiscais, para não quebrar ainda mais as finanças da cidade, foi ratificada durante o pronunciamento. Saudando os servidores públicos, através da PGM e da Fazenda, que se dedicam 100% à população da Capital, Marchezan lembrou que a prefeitura está perto de tornar explícito para os servidores o colapso das finanças. Colapso, que segundo ele, a população já sente não tendo acesso a muitas questões de saúde, segurança, infraestrutura, limpeza e serviços em geral.

“Quero saudar aos brilhantes da PGM que entendem a vida real e que apoiam as mudanças que precisam ser feitas. Quero também saudar aos brilhantes da Fazenda, que não pararam, não cruzaram os braços. E alerto: se a Fazenda parar, ou continuar com parte dela parada, eles serão os primeiros prejudicados, porque têm os salários mais altos”, afirmou o prefeito. E acrescentou: “Nós precisamos que todos ajudem. Isso não é uma questão partidária ou ideológica. Isso é uma questão matemática. Precisamos reorganizar a estrutura financeira da prefeitura e precisamos do apoio dos servidores e da sociedade”.

Sobre as decisões e medidas que levaram Porto Alegre ao “caos financeiro”, Marchezan foi muito claro. “Não estamos personalizando os problemas da cidade, porque isso seria mediocrizar e diminuir os problemas. Também não estamos procurando partidos ou pessoas responsáveis por tudo isso. A política demagógica fez estragos demais, penalizou demais os cidadãos. Nós estamos olhando para a frente e buscando as soluções”.

O prefeito lembrou, ao final, que o dever do poder público é servir ao cidadão. “A burocracia que nós temos aqui na cidade, na área de empreendedorismo, é nefasta. As pessoas não precisam da autorização, ou da benesse, ou de um favor da estrutura pública para elas fazerem tudo que elas têm de fazer para se realizar na vida. Não, isso não é democracia, isso é ditadura. Democracia é ter direitos e deveres claros, cumpri-los e não precisar da benesse de ninguém, da autorização de ninguém, do favor de ninguém. Afinal, a sociedade não está a serviço das secretarias, de nenhum órgão e nem da prefeitura. Somos nós que estamos a serviço da sociedade. Naquilo que nós formos bons, nós serviremos; naquilo que nós não formos bons ou não formos os melhores, nós vamos chamar alguém de fora para fazer e vamos deixar que eles façam. Essa é a ideia e o conceito para aquele futuro que todo mundo fala nas campanhas e que nós queremos que Porto Alegre vivencie”, apontou.

Da prefeitura de Porto Alegre

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