O mercado financeiro já projeta inflação e juros menores para 2017. Segundo o Banco Central, por meio do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (3), a estimativa é que o ano feche com a taxa básica de juros (Selic) em 8,75%. A expectativa anterior era de 9%. Já a projeção para inflação neste ano caiu pela quarta vez seguida, ficando em um pouco mais de 4%. Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), os dados sinalizam a retomada do crescimento econômico brasileiro.
“A queda da inflação e a redução de juros aponta para novos investimentos. Novos investimentos significa novos empregos. Então, não tenho dúvida nenhuma que é um momento em que o Brasil começa a ter um momento mais de confiança, e acima de tudo, expectativa melhor para esse futuro.”
Para 2018, as contas continuaram em 8,50%. Com a inflação em queda, o Banco Central indicou na última semana que pode aumentar o ritmo de cortes na Selic. Atualmente, a taxa básica de juros está em 12,25%, após dois cortes seguidos de 0,25 ponto percentual e outros dois de 0,75 ponto. O deputado Nilson Leitão ainda apontou como a série de propostas em tramitação no Congresso podem ajudar o país a superar a crise econômica.
“Faltam as reformas que nós estamos precisando efetuar no Congresso Nacional. O Brasil deixe virar essa página do ‘nós contra eles’ – esse debate ideológico que trouxe o Brasil até agora. Acabar com esse preconceito com quem gera emprego no Brasil e, efetivamente, ter políticas desburocratizadas. A desburocratização do país é o caminho que vai dar essa celeridade”, afirmou o tucano.
A taxa Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.