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Ministério da Saúde passa a adotar dose única contra febre amarela

Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, a OMS, o Ministério da Saúde resolveu adotar, a partir deste mês, a aplicação única da vacina contra a febre amarela. Até então, o governo federal pedia que os moradores das áreas sob risco, e quem fosse viajar a estes locais, tomassem uma dose da vacina e, após 10 anos, recebessem outra aplicação, de reforço. O Brasil era o único país que ainda exigia a dose extra. O médico e deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSCB-CE) avalia como positiva a mudança pelo aspecto econômico e social.

“As normatizações sempre preconizadas pelo Ministério da Saúde ocorrem após vários anos de pesquisas, também de testes, e todas recomendações sempre foram positivas. No momento que o Ministério da Saúde recebe essa orientação e faz o cumprimento dessa orientação, nós temos que verificar que esse é um fato positivo. Não é só pelo aspecto econômico. É pela cobertura do número de pessoas que puderem ser atendidas com o sistema de vacinação”, disse.

Essa estratégia é utilizada quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. Em 2014, o país já tinha recebido uma recomendação da OMS para a aplicação única, mas o governo da época alegou que os estudos ainda não eram suficientes para adotar a decisão da entidade. Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), faltou mais empenho por parte do governo do PT para implantar a medida no país.

“Acho que faltou, também, gestão. Faltou essa boa vontade do governo. E hoje a gente vê que o governo realmente está tomando ações que estão repercutindo lá na ponta da população que é o principal beneficiário da saúde. A saúde é para todos. É direito constitucional garantido. Mas para isso, o Ministério tem que ser eficiente na sua atuação. Isso o ministério mostrou que tem boa vontade – o que faltou no governo anterior. Não só na saúde, mas em todas as áreas”, declarou.

Na semana passada, o Ministério da Saúde liberou um repasse de R$ 19 milhões para a intensificação de vacinação contra a febre amarela. Os recursos foram destinados a municípios que tiveram surtos da doença. Somente nesta semana, o Brasil já recebeu 1.987 notificações de febre amarela, sendo que 586 casos foram confirmados, 951 descartados e 450 ainda estão em investigação. Até agora, 190 pessoas morreram devido à febre amarela.

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