O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (2) a contratação de 25,6 mil novas unidades habitacionais para a faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com o ministério, desde 2014 nenhuma contratação foi feita para esse segmento, que contempla famílias com renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. O investimento previsto para esta etapa é de R$ 2,1 bilhões, distribuídos em 77 municípios. A expectativa do governo é de concluir as contratações em até 180 dias, gerando cerca de 30 mil empregos ao longo do processo.
“Os moradores estão satisfeitos com a condição [das casas do Minha Casa] da porta pra dentro. Mas há um nível de insatisfação da porta para fora, como falta de acesso ao comércio, ao trabalho e a equipamentos de serviço público. É sobre esses pontos que nos debruçamos para avançar e balizar as novas contratações”, afirmou o ministro durante o anúncio.
Deputada federal pelo PSDB de Santa Catarina, Geovania de Sá reconhece os esforços do ministério para fazer com que o Minha Casa Minha Vida dê certo, e comemora que a pasta dedique uma fatia do programa aos mais necessitados.
“Sabemos da importância social que tem o programa Minha Casa Minha Vida. Estamos falando aí de famílias vulneráveis, que precisam de um olhar mais sensível. Então a gente fica muito feliz sabendo que o Ministério das Cidades, comandando pelo Bruno Araújo, vai ter competência e eficiência suficientes para que esse programa se concretize nos municípios”, afirmou.
O Ministério das Cidades comunicou também a adoção de novos critérios para as contratações do Minha Casa Minha Vida. A partir de agora, a construção de edificações dará prioridade a municípios com elevado déficit habitacional, além de propostas com empreendimentos próximos a centros urbanos, agências bancárias, lotéricas e pontos de ônibus. Bruno Araújo explicou que a medida visa atender às demandas fundamentais dos moradores que, segundo o tucano, estavam insatisfeitos com a falta de acesso ao comércio, trabalho e serviços públicos.
Geovania lembra que tal preocupação nunca havia sido levada em consideração por outros governos e acredita que os novos critérios reduzirão dificuldades diárias de diversas famílias.
“Eu fui secretária de Assistência Social em Criciúma, e nós já usávamos esse critério para habitação, mas ele não estava formalmente no programa. Mas agora, com a formalização, com certeza vai minimizar as dificuldades para essas famílias acessarem bancos, hospitais, unidades de saúde.”
Para 2017, a meta é contratar 170 mil unidades habitacionais para a faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Além disso, são esperadas 40 mil novas unidades para a faixa 1,5, destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2,6, e 400 mil unidades para famílias nas faixas 2 e 3, com renda de até R$ 9 mil.